Page 11 - Liber do Guerreiro

Toda a casta sacerdotal, de todas as religiões, em todos os tempos tem mani-
pulado a boa fé de milhões de almas em proveito próprio, ou então colocado essas
pessoas a serviço da causa dos esquerdistas de cristo. Algumas dessas organizações

sectárias, a pretexto de praticar a caridade, lutam nesse momento, encarniçada-
mente pela ocupação de espaço político e poderio financeiro. Agridem-se então, de
maneira torpe, usando os mais baixos recursos morais, causando espanto e incre-

dulidade a um público passivo estarrecido, e em sua grande maioria pouco esclare-
cido.

A verdadeira caridade surge espontânea, pura, brota do coração da-

queles que
verdadeiramente a cultivam. Basta para produzi-la, o sincero amor ao

próximo, a vontade de soerguer o irmão decaído. A verdadeira caridade,
não cobra por seus serviços, a remuneração para quem a pratica, é o fato
de assistir o efeito positivo de sua ação. O resultado da caridade artificial,
é nulo, aquele que a recebe, não se beneficia, pois sente que ao gesto ca-

ridoso falta conteúdo, aquele que a pratica, engana principalmente a si
mesmo, pois não pode evitar a crítica reprobatória de sua consciência,
que por mais embotada que esteja, ainda assim, tem força para se mani-

festar. A prática da caridade, não é nem nunca será propriedade particular
de qualquer seita ou instituição religiosa. Ela é antes de tudo e somente,
um dever de todo aquele que neste plano, desfruta de algum tipo de situ-

ação privilegiada, e deve nesses casos, não por um dever moral, e sim por
um sentimento maior de fraternidade universal, socorrer o seu irmão ou
companheiro de jornada, física ou materialmente desprovido .

Feita essa ressalva, prossigamos: Uma infinidade de dogmas e conceitos con-
fusos, e incoerentes as vezes, idéias e teorias pseudo-teológicas, doutrinas sectaris-
tas e discricionárias, posições radicais alimentadas pelo ódio e pela exclusão racial,

tem gerado mortes e banhos de sangue além de muita infelicidade e atraso espiritu-
al ao longo das civilizações. É interessante observar como as diversas correntes que
se esgrimam e proliferam nos dias de hoje, se intitulam orgulhosamente como de-

tentoras da verdade, e únicas conhecedoras da senda que conduz a salvação. Mani-
pulam com habilidade e perfeição os corações e mentes de criaturas incautas, em
sua imensa maioria crédulas, e de quase nulo desenvolvimento intelectual, ou racio-

cínio lógico. São essas vítimas, diariamente instruídas, tendo por cenário templos
suntuosos, com conceitos e dogmas carentes de qualquer fundamento, que não re-

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